Há 174 anos nascia, no Rio de Janeiro, Francisca Edwiges Neves Gonzaga, neta de uma mulher escravizada, e que entrou para a história como Chiquinha Gonzaga. Pianista, compositora e regente foi a compositora da primeira canção feita para abrir um desfile de Carnaval, a famosa “Abre Alas”.
Compondo desde os 11 anos de idade, Chiquinha não só revolucionou o mundo musical, com sua atuação como também foi pioneira em vários aspectos de sua vida pessoal. Separada duas vezes, acabou sendo proibida de criar os filhos, o que não a impediu de levar sua vida sozinha, trabalhando com aulas de piano para sobreviver e participando de grupos musicais.
Para driblar a sociedade preconceituosa da época, acabou adotando como filho aquele que foi o grande amor de sua vida e a quem conheceu com 52 anos de idade e ele tendo 16. Foi o jeito que Chiquinha achou de viver sua vida sem ser perturbada pela hipocrisia social. Só se soube do relacionamento dela com o filho adotivo depois de sua morte, aos 87 anos.
Chiquinha compôs mais de duas mil músicas de diferentes ritmos e também atuou pela abolição da escravatura e a favor da proclamação da República.
Em sua homenagem, o dia 17 de outubro foi declarado como o Dia Nacional da Música Popular Brasileira.