Costuma-se dizer que as melhores coisas acontecem de forma natural, sem planejamentos excessivos e, ao que tudo indica, foi exatamente assim com o terceiro disco de estúdio de Filipe Catto, lançado nas plataformas digitais no dia 24 de novembro último. “Não estava nos meus planos lançar disco novo em 2017”, declarou Filipe em entrevistas. “Tudo aconteceu como uma gravidez inesperada”, foi outro comentário dele e, em 9 meses nasceu “Catto”, um CD que traduz de forma completa, absoluta e coerente a carreira e também a vida pessoal do artista no momento.
Com 30 anos de idade recém completados, Filipe Catto está em uma fase brilhante. Totalmente consciente de seu papel na sociedade, em paz consigo mesmo e em harmonia com seu público, Filipe apresenta um trabalho redondo, atualíssimo e acima de tudo muito coerente com sua história e trajetória artística. Resultado de uma parceria vitoriosa com Felipe Puperi, não é à toa que “Catto” começa com os versos “Dizem por aí que eu não sou nada/Que eu perdi a direção/Mas atenção aumente o rádio/Minha canção cai acender o seu silêncio como um raio”, segue-se sons de estouro de fogos de artifício e o último verso do disco é “Eu quero mais é que você se foda”. Mais coerente é impossível. Filipe nunca deu bola para qualquer tipo de crítica e muito menos a comparações dele com outros artistas que ainda insistem em fazer. Ele simplesmente segue sua trajetória iluminada, fazendo aquilo que acredita e cada vez se aprimorando mais. Aliás, como ele está cantando mais lindo que nunca nesse novo trabalho!
“Catto” traz compositores da nova geração como Rômulo Fróes, César Lacerda, Bruno Capinan, Igor de Carvalho e Juliano Holanda, mas também tem os registros de ídolos atemporais como Marina Lima, Zélia Duncan e o português António Variações, além de inéditas do próprio Filipe. Muito mais que um punhado de canções, “Catto” é um disco conceitual. Assim como foi Sargent Pepper’s, ele conta uma história. Há uma sequência, uma canção se dilui na outra e cresce em seguida e tudo se junta de forma harmoniosa. É um verdadeiro portal que ilumina quem o atravessa. É Filipe Catto em seu melhor, em um “turning point” que leva junto quem quiser se aventurar pelos caminhos, batidas e ondas sonoras que ele propõe. É Filipe se mostrando por inteiro, pleno em sua Arte renovadora e estética moderna. O convite está feito para quem quiser embarcar nessa roda gigante iluminada. Venha!
(Klaudia Alvarez)
O momento de transformação porque Filipe passa é lindo e isso se traduz no resultado coeso que é CATTO! Klaudia soube muito bem captar a essência desse trabalho maravilhoso e efetuou um mergulho na alma cattiana com a sua bela análise!
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Excelente texto, Klaudia! Catto além de inspirado é inspirador.
Seu belo texto trata do belo!
Parabéns aos dois! Felicidades a todos que embarcarem na roda gigante e iluminada da arte, em especial, daquela que Catto faz girar!
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