
“Julieta” foi o primeiro filme de Almódovar que eu assisti, em 2016. Sim, comecei da frente pra trás rss. E virei Almodóvarmaníaca. Me encanta como ele distribui pelos filmes milhares de detalhes, como suas cores, objetos e imagens sutis que nunca aparecem em vão; o que faz com que NADA seja vulgar ou leviano, mas extraordinário e deliciosamente irreverente. Cada minúcia em cena tem seu papel. Amo quando uma obra é costurada assim, cheia de sentido!
Esse filme me “espanta”. É tão diferente dos outros que ele fez! Cores mais mornas, (sem abrir mão do vermelho jamais rs), personagens mais “sóbrios”, mas com uma densidade de personalidade tão incrível, como sempre…
Uma reflexão a cada cena.
Assistir a um filme de Pedro Almódovar é, para mim, como mergulhar no nosso inconsciente coletivo; nas problemáticas sociais, nas víceras do que significa SER humano, nas raízes e matizes dos preconceitos, no abismo que as religiões criam dentro das pessoas e entre elas… Mergulhar em tudo isso e ainda sair voando depois de um filme, de tanta beleza.
Sinto gratidão quando posso entrar no mundo de um artista assim para me nutrir e me fazer transcender as “acidezes” dessa vida… e antes de entrar, até peço licença…
Escrevo tudo isso emocionada! ♥️
Significa mesmo, muito pra mim 🙏
Grazi Nervegna é cantora, compositora e poeta. Seu mais recente trabalho é o CD Anambé.
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