
O Ceará é famoso por nos dar grandes artistas, principalmente nos quesitos humor e música, mas o cinema também faz bonito por lá e um dos maiores nomes do cinema cearense é Rosemberg Cariry. Neste ano, ele celebra 45 anos de uma carreira cinematográfica de muita qualidade, sensibilidade e, acima de tudo, preocupação em mostrar a realidade de sua região, tão rica culturalmente e com figuras humanas tão marcantes e sempre tão pouco valorizadas.
Rosemberg sabe como ninguém explorar em sua obra aquela máxima: fale de sua aldeia e estarás falando do mundo, do particular para o universal. Com quase uma dezena de longas, documentários, produções para a TV, ele é um artista do mundo e já levou suas obras para diferentes festivais de cinema. Em 1996 recebeu um prêmio do IPHAN/MinC como reconhecimento pelo seu trabalho de valorização da cultura popular brasileira.
Sempre trabalhando com grandes atores e atrizes como Rodger Rogério (o violeiro de Bacurau), Dira Paes, Chico Diaz, Nelson Xavier Via Negromonte e Zé do Caixão, o diretor/roteirista sempre procura colocar em seus filmes a trilha sonora de artistas nordestinos. Entre seus filmes estão: O Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, A Saga do Guerreiro Alumioso, Corisco e Dadá, Lua Cambará e Cine Tapuia.
Quem ama o cinema e ainda não conhece a filmografia de Rosemberg Cariry, vale a pena procurar suas obras e se encantar com a visão sensível do diretor, que consegue retratar poesia até mesmo mas cenas mais duras e reais do nosso agreste, um universo único e que está presente em seu trabalho.