
“Omolu é quem faz a transmutação entre o que está morrendo para o que vai nascer. Nestas horas, em que a gente se vê tão desamparado no mundo, a gente olha a morte de frente. A gente sorri pra morte, convida ela pra entrar. Pede um conselho pra morte, porque nada vai ser como era antes. Nunca mais. A gente tem que agradecer a Obaluaiê por limpar nosso caminho, pra que a gente consiga fazer nosso movimento a partir de agora, sem nenhuma corrente arrastando, sem nenhum fantasma do passado, de uma forma livre, absolutamente nova, absolutamente curada, absolutamente renovada daqui pra frente, até o fim de nossos dias, quando a gente se encontrar com ele.”
(Filipe Catto após cantar Obaluaiê, em seu show de voz e violão no Bona, SP – 16/11/18)