Por: Mariana Porto
Não paga não, adota!
“Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca”.
Não consegui pensar em frase melhor para começar esse texto do que essa, da Clarice.
Venho aqui falar sobre amor.
Amor? Sim, amor. O amor que, pra mim, é o mais bonito e sincero que existe. O amor que transborda, o amor que não cobra, o amor que se dá, o amor que entende e acolhe completamente sem precisar dizer sequer uma palavra. O tipo de amor que transforma tudo quando você chega em casa depois de um dia fodido, porque vai te receber na porta abanando o rabo. Sabe? Pois é, esse amor.
Eu tenho a sorte de ter um amor desses, que deita na porta do meu quarto e pacientemente me espera acordar quando eu durmo mais do que deveria. Há 13 anos ele faz isso. Há 13 anos ele me acompanha no café da manhã e assiste o jornal comigo, sem mau humor matinal.
Se você já teve um amor canino ou felino, você sabe do que eu tô falando.
E hoje eu quero falar sobre adotar um amor.
Não sei se você sabe – já deveria saber – mas o amor não tem gênero, não tem sexo, não tem cor e também não tem raça. O amor não se compra! Ou não se deveria comprar…
É claro que um bulldog francês comprado por três mil e oitocentos reais pela internet vai te amar e abanar o rabo quando você chegar e o gatinho persa que você viu na vitrine do shopping e parcelou em dez vezes no crédito vai deitar na sua barriga e te aquecer no inverno enquanto você assiste Game of Thrones, mas… É justo a gente incentivar esse mercado de amor? É justo que cachorrinhos e gatinhos de raça sejam criados apenas para a reprodução? Apenas para produzirem mais mercadorias?
Sabia que existem mais de 400 animais, entre cães e gatos só no Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, esperando há anos por uma família? E além do CCZ, existem centenas de ONGs pelo Brasil todo, lutando para dar a melhor qualidade de vida possível para os amores abandonados pelas ruas das cidades? Dá um Google aí e presta atenção na quantidade de campanha que existe na internet para estimular a adoção.
Não paga não, adota! Raça não quer dizer nada… E com certeza é muito mais legal ser escolhido por um cachorrinho ou um gatinho do que comprar o que você achar mais fofo na vitrine do shopping, né?
Ah, e se você queria muito adotar um bichinho mas não tem espaço ou tempo para se dedicar a ele, não tem problema, você pode apadrinhar um animal que vive em uma ONG enquanto ele espera por alguém!
Abaixo, alguns links úteis pra você clicar e se sensibilizar com a causa:
http://www.adoteumfocinho.com.br/v1/#.WndHlLrwbIU
https://www.procure1amigo.com.br/
E aqui um vídeo que você já deve ter visto por aí, mas vale a pena ver de novo (rs):