
“ Eu tento não me preservar do que as palavras estão me dizendo. Tento não maquiar o que a música está me dizendo. É a coisa de querer falar das coisas que todo mundo tem em comum, de certa forma. Esse universo, esse lugar em que as pessoas tem um pouco de medo de acessar, mas quando acessa é muito catártico. Eu gosto de me colocar “na reta”, de falar das coisas que eu tenho… são meus fantasmas, as coisas um pouco mais duras, mais “carne viva” que tem. Se você é honesto nesse ponto, eu sinto que é um lugar onde eu consigo acessar o público. As músicas, elas tem os seus arquétipos também. Cada uma do seu jeito, mas eu acho que acessar esses arquétipos no inconsciente das pessoas é interessante. Eu fico feliz porque vejo que as pessoas “embarcam” mesmo. Elas tomam as músicas pra si.”
(Entrevista para o SESI-Cultura – Curitiba – PR – 28/06/15)
Catto, você realmente conhece muito da alma humana! Por isso mesmo domina o tom das coisas como ninguém. Na fala ou no canto você entra no tom que comove e que nos transporta para um lugar que é único no universo de cada um de nós. Nesse embalo de opiniões e sons que sua voz difunde cheia de sentimentos, num canto de encantos, você nos vai levando ao espaço da liberdade de viver e, viver bem. Você, querido Catto, tem o dom de todos os tons, incluindo, o do Jobim!
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