Hoje, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. E não foi por acaso que escolhemos esse dia para postar nosso “Papo Afinado” desse mês. É com muito orgulho e alegria que FCEF entrevista uma jornalista super competente, uma mulher linda por dentro e por fora e uma profissional de primeira: Roberta Martinelli!
FCEF – Roberta, do começo. Onde foi seu primeiro trabalho como jornalista?
RM – Por incrível que pareça, foi na Rádio Cultura Brasil mesmo, como estagiária. Eu estudei 4 anos de Direito (isso mesmo, larguei no 5º ano!) e depois me formei Atriz pelo Teatro Escola Célia Helena. Depois disso fui estudar Rádio e TV, e com 27 anos entrei como estagiária da rádio. Fui estagiária por 9 meses, até a estreia do Cultura Livre, programa que foi criado por mim, com alguns produtores que trabalhavam lá na época: Ronaldo Evangelista e Biancamaria Binazzi, por exemplo e que são grandes amigos e pessoas que admiro muito.
FCEF – O formato do seu programa na TV Cultura é sensacional. A ideia de segurar as placas com os nomes das músicas (e dos convidados) é sua?
RM – Siiiim!!! O programa começou na Rádio AM, com transmissão pela Internet. Depois colocamos uma câmera no estúdio e começamos a transmitir. Quando isso aconteceu, eu fazia plaquinhas com o nome do convidado para quem entrasse no chat no meio do programa soubesse quem era. Um dia, a Tiê estava no programa, e a rádio saiu fora do ar, ou seja, as pessoas estavam nos vendo, mas não nos ouvindo! Brinco que essa foi a única transmissão muda da história do rádio! Ficamos nós duas lá, ao vivo, sendo vistas, aí comecei a falar mandem perguntas que a Tiê vai responder por plaquinhas. Foi muito divertido, e depois desse dia, plaquinhas para sempre!
FCEF – Em uma época em que a TV privilegia músicas de qualidade duvidosa, é muito difícil manter um programa como o seu, que prima pelo bom gosto e dá espaço aos novos talentos da nossa música?
RM – Muito! Muito mesmo! O espaço para a música brasileira na TV só diminui com argumentos como: “ música não dá audiência”, “ quem quer ouvir música de nicho?” e outras coisas que eu não quero nem comentar. Acho precioso o espaço conquistado pelo Cultura Livre! Mesmo! É um arquivo de um momento histórico. Comemoro cada dia!
FCEF – Já são 6 anos no ar. Mais alegrias que decepções nessa trajetória?
RM – Muito mais alegrias! Alegrias muito batalhadas, mas são alegrias. O crescimento do programa que acompanhou o crescimento dos artistas. Uma música que tem um público próprio, que conhece, que luta junto! É um trabalho de formiguinha, mas vamos todos juntos!
FCEF – Tem algum artista que você quer muito levar no seu programa, mas ainda não conseguiu?
RM – Nação Zumbi. Céu , com a banda toda. Ela foi com o Dustan e foi tão lindo. E muitos outros que virão!
FCEF – Depois de uma crise séria, parece que as coisas se acalmaram na TV Cultura. Felizmente seu programa continua na grade de programação. Fale-nos sobre isso.
RM – Meu programa ficou na grade ano passado. Este ano ainda não saiu a grade, então a luta continua, companheiros!!
FCEF – O Cultura Livre é o programa onde Filipe Catto esteve mais vezes. Como é entrevistá-lo?
RM – É sempre uma delícia! Ele é muito especial, muito querido, muito amado! Espero ainda repetir a dose várias vezes.
O melhor programa de música da nossa TV !!!
Tantos nomes que eu não conhecia ou sabia muito pouco e conheci e adorei, através do Cultura Livre !!!
Gratidão eterna !!!
❤ ❤ ❤
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