O documentário Belchior – Apenas um Coração Selvagem, de Camilo Cavalcanti e Natália Dias teve sua estreia na semana passada, dentro da edição do Festival É Tudo Verdade de 2022. Atual e mais do que necessário, o doc traz imagens raras de entrevistas, programas de TV e apresentações como a do Festival Universitário da Canção, no comecinho dos anos 70, que mostra, inclusive, Fagner acompanhando Belchior ao violão e fazendo a segunda voz. Mesmo conhecendo bastante a biografia de Fagner, foi a primeira vez que vi e ouvi essa raridade.
O filme é a trajetória de Belchior por ele mesmo. Seu pensamento, suas canções e seu jeito de encarar a vida estão registradas em imagens antológicas. Um trabalho primoroso que merece todos os elogios. Muito mais do que atingir os fãs do bardo cearense, o documentário é o registro de uma época que marcou nossa música e, portanto, fundamental para todos que se interessam pelo tema.
Torcendo para que o filme entre em circuito comercial e possa atingir um público muito maior. Belchior e sua obra merecem.