
“Nunca se deve engatinhar quando o impulso é voar” (Helen Keller)
Em 27/6/1880 nasceu no Alabama, EUA, Helen Adams Keller, filha de um militar do exército confederado e de uma dona de casa. Perto de completar dois anos de idade, a menina contrai uma febre, provavelmente meningite, que a deixa cega e surda. A família procura por ajuda e chega a Graham Bell – o inventor do telefone – que acaba sendo o elo para que Anne Sullivan, também deficiente visual, entre na vida de Helen e permaneça ao seu lado pelos próximos 50 anos. Anne trabalha com a linguagem de sinais e consegue se comunicar com sua jovem aprendiz, que aos sete anos passaa a dominar um grande vocabulário e aprende rapidamente a ler e escrever.
Em 1962 foi feito um filme que conta a trajetória de Anne Sullivan e o seu “milagre” ao trabalhar com a educação da jovem Keller. Nas fotos acima, Helen Keller ainda criança e depois uma jovem com sua mentora Anne Sullivan.
Aos 22 anos de idade Helen Keller lança seu primeiro livro – A história da minha vida – e outros sete viriam a seguir. Dois anos depois se forma em Filosofia, e se torna a primeira pessoa surdocega a ter um bacharelado. Daí em diante, Helen se dedica cada vez mais a lutar pelos direitos das pessoas com deficiência, pelo voto feminino e pelos direitos trabalhistas. Com uma visão de esquerda, se filia ao Partido Socialista da América e passa a fazer conferências. Nos anos 40 e 50 viaja por mais de 35 países e é recebida por chefes de estado, entre eles Winston Churchill. Recebe condecorações de vários países, entre eles o Brasil, que lhe confere a “Ordem do Cruzeiro do Sul”. Com 75 anos viaja pela África, sempre na luta pela liberdade e igualdade de direitos. Uma verdadeira guerreira e exemplo pra todos que querem um mundo livre e mais justo.
Após sofrer alguns derrames, que a tornaram cadeirante, ela sofre um ataque cardíaco e dois dias depois falece enquanto dormia, em sua residência, no estado de Connecticut. Tinha 87 anos.