Assim será. Não gosto de revival, tampouco de tributos. Na maioria das vezes acontece um desfile de artistas envaidecidos e que não tem nada a ver com o homenageado. Prefiro não citar exemplos de barbaridades que já vi e ouvi sob essas alcunhas. Ou seja, tenho ranço dos formatos. Mesmo assim, aceitei ao convite de uma amiga, para ir ao show/revival: A NOSSA ONDA DE AMOR NÃO HÁ QUEM CORTE do Gang 90 e Absurdettes, que aconteceu nos dias 23 e 24 de fevereiro, no Sesc Pompeia, por dois grandes motivos. Primeiro, Gang 90 marcou a minha passagem da infância para a adolescência. Segundo, porque não havia uma miríade de convidados, o que já era a garantia de boa diversão. E os que estavam presentes tinham profunda afinidade com a banda e/ou com o trabalho de Júlio Barroso.
Muitas performances e muitos poemas preencheram a noite e o lançamento do livro de textos, poemas e ilustrações de Júlio Barroso, organizador por Natália Barros: Wave – a nossa onda de amor não há quem corte (Selo Demônio Negro).
Público e banda ensandecidos pelos hits promoveram uma festa digna dos anos 80 e da figura marcante e emblemática que foi Júlio Barroso.
Embora, eu desconhecesse “Do fundo do meu coração” como sendo um grande sucesso da banda, de uns tempos para cá tem chamado a minha atenção a interpretação dessa canção por Filipe Catto em seus shows. Ponto para a produção que fez o convite. Participação mais acertada e pertinente à noite do que essa, impossível. Filipe Catto arrebatou a plateia com a beleza da poesia de Júlio Barroso e a força de sua interpretação. Ualll! Quem nunca ouviu procure conhecer.
Beto Firmino brilhou a cada momento que adentrava ao palco com sua calça indiana e sua bela camisa turca, dançou, cantou e pulou como ninguém. Taciana e Natália também fizeram parte dessa constelação de projeções, poesias e canções, juntamente com os demais integrantes dessa onda de amor. Obrigado Gang 90 e Absurdettes!
(Texto e fotos de FAGA)
FILIPE CATTOㅤㅤㅤㅤㅤㅤ[EM FOCO] 