O mundo que queremos: Café compartilhado

A ideia surgiu na Itália. Uma pessoa entra em um café, consome, paga o seu e deixa um outro pago para qualquer outra que queira ou precise e não tenha como pagar.

Na Vila Madalena tem um Café que faz isso, mas em  uma banquinha de rua, pelo que se sabe, o pioneiro e único a implantar e praticar essa gentileza tão necessária em tempos tão difíceis é o simpático José Carlos Pedroso das Neves, um gaúcho (sim, ele é gaúcho…rs rs rs) de 55 anos que deixou sua Porto Alegre para trabalhar no ABC Paulista em 2008.  Depois de 28 anos trabalhando em uma multinacional, na área de TI, José Carlos tem sua banquinha de lanches  com caprichados salgados, bolos, doces e café há cerca de um ano e meio na Rua da Consolação, ao lado do prédio de no. 318.

Quando tinha apenas 2 meses como vendedor de cafés na rua, José Carlos atendeu uma turista italiana que deixou um café pago.  Imediatamente ele incorporou a ideia e providenciou em seguida  as lousas onde vai colocando os ” créditos” de quem deseja ser solidário e praticar o bem.

Indagado sobre o que acontece quando os créditos não existem ou estão baixos, ele nos informa que financia isso já que não tem como abandonar o projeto em que acredita tanto. De fixo mesmo, aquele que vai todos os dias buscar o seu café e uma fatia de bolo, existe um morador de rua, as outras pessoas que usufruem dos ” créditos” são passantes eventuais ou qualquer pessoa que José Carlos observe que precisa e ele mesmo convida a pessoa a utilizar o que tem anotado em sua lousa do “café compartilhado”.

Uma ideia simples mas genial e necessária.  Que muitos José Carlos apareçam pelo país afora. Precisamos compartilhar mais e ser solidários. A vida pede isso e faz bem a todos.

(Essa matéria nos foi sugerida por uma das nossas gestoras, Mariana Porto, que trabalha na região e também consome e deixa seus créditos na banca do José Carlos! Obrigada, Mari!)

P.S. Ao fazer a matéria, observamos que na banca de jornais, em frente à banquinha do José Carlos, o jornaleiro disponibiliza um isqueiro comunitário, pendurado por um barbante para ser usado pelos (ainda) fumantes que param no local… Todo tipo de gentileza é bem-vindo!

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