Uma reflexão…

É  interessante observar como um palco, uma tela de cinema ou mesmo a da TV modifica totalmente a percepção que temos sobre determinada PESSOA que está lá, do lado de dentro e não de fora, como a maioria de nós.

Uma enorme expectativa e idealização se forma sobre aquele ser humano e passamos a vê-lo como ” um famoso”, alguém que imaginamos e não o que ele é na verdade. Quem vai imaginar que na hora em que aquele cantor maravilhoso pisa no palco, ele pode estar com uma tremenda dor de cabeça ou com o sapato apertando que só ? O palco é algo tão forte e poderoso que nos tira o raciocínio e passamos até a olhar aquela pessoa que está ali, exercendo seu trabalho, no caso sua arte, como propriedade privada. Quem não conhece alguém que se acha ” dono ” de seu artista preferido ? Outro fator curioso é sobre a privacidade. Fala-se até que a vida de um artista é “pública”. Como assim? Pública pode ser a sua carreia, o seu trabalho, mas o direito à sua vida pessoal é algo sagrado e que tem de ser respeitado. Essa é a palavra mágica: RESPEITO. O que muda na sua admiração por determinado artista se você souber com quem ele namora, se casou ou deixou de casar? Quando um artista desce do palco ou um ator deixa o estúdio de gravação da novela, ele é um ser humano que merece ser olhado como tal.

Uma das coisas mais estranhas do nosso tempo é a “moda” de se tirar selfie de costas para o artista, tendo ele como ” pano de fundo” da foto. Além de artista, agora é paisagem de fundo? Acho isso um tremendo desrespeito. Jamais ficaria de costas para um artista no seu espetáculo, mesmo que por segundos. Talvez só para sair momentâneamente da sala, se fosse o caso…

Outra coisa são os momentos pós-shows. Alguns artistas gostam de receber os fãs no camarim e outros não se sentem tão à vontade, preferem apenas receber os amigos íntimos. Novamente a palavrinha: respeito. Vamos aceitar as pessoas como elas são e não como queremos que sejam. E, se aquele artista que você sempre vê tão acessível, um dia não parecer tanto, pense que ele pode estar com um grave problema a resolver e não ter tanto tempo assim para dedicar ou quem sabe até mesmo que você o tenha abordado em local e hora imprópria.

O que temos de lembrar, sempre, é que aquela figura glamourizada que está sob a luz dos holofotes ou da TV, quando a cortina se fecha ou apertamos o botão off do controle remoto, é alguém como nós, com todas as fragilidades, carências, família, problemas do dia a dia, direito de ter seus dados pessoais preservados, etc e deve ser tratado com ética, dignidade e acima de tudo muito respeito. Respeito é bom e todo mundo gosta. Inclusive seu ídolo.

Autoria: Klaudia Alvarez

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