Salvador Dalí – um artista imperfeito
(Christina Eloi)
“Deixa-me por um instante submergir na loucura dos artistas. Esquecer as regras que impõem ao homem não transgredir tudo aquilo que nós conhecemos. Não temo a aventura de viver num mundo surrealista porque o meu espírito não conhece outra verdade que aquela que me eleva até às fronteiras do impossível. No dia que deixar de sonhar, manda-me flores brancas.”
Essa frase já diz muito do que foi a arte na vida de Salvador Dalí e de como ele revolucionou a arte do século XX com suas telas. Dali foi considerado o mestre do movimento surrealista. Ele dizia que seus quadros eram fotografias de seus sonhos pintadas a mão.
Dalí nasceu em 11 de maio de 1904, na região da Catalunha, na Espanha. Suas pinturas tinham uma combinação caótica de imagens, cores, formas que causaram impacto para público e crítica. Coisas de gênio! Um gênio que descobriu na imperfeição e na desconstrução a chave de sua arte.
Desde muito cedo ele pintava telas muito sofisticadas o que fez com que seus pais o matriculassem numa escola de artes de Madrid. Não contente com e escola espanhola, Dalí se mudou para Paris. Lá, entra em contato com pintores como Picasso, Magritte e Miró e já se integra ao movimento surrealista. Dalí nunca permanecia muito tempo nas escolas e grupos pelos quais passou. Era uma alma inquieta, pouco afeita a regras e moldes.
Sempre gostou de chamar a atenção por sua aparência excêntrica: cabelos compridos, bigode pontudo, costeletas, roupas diferentes.
Adotou a filosofia dadaísta ao conhecer a arte de Diego Velázquez e que levou para o resto da vida. O dadaísmo foi um movimento artístico que questionou a arte e por conta disso, buscou o caótico e a imperfeição. Essa definição é o casamento perfeito com a obra de Dalí. Suas telas eram criadas a partir de seus sonhos e pensamentos subconscientes.
Poucos sabem que Dali foi um artista muito versátil. Ele deu sua contribuição para o teatro, a moda, a fotografia, o cinema, o design.
O grande amor de Dalí foi Gala. Além de musa inspiradora, também foi administradora da arte dele.
Muito controverso e ao mesmo tempo, se dizendo apolítico, não tomou posição contra o ditador espanhol Francisco Franco o que causou seu afastamento do movimento surrealista.
Em seus últimos anos de vida, acontecimentos marcantes foram decisivos por uma depressão profunda. Foram eles: um distúrbio motor, que o impediu de continuar pintando e o obrigava a tomar vários remédios e a morte de Gaia. Dali perdeu a vontade de viver.
Depois de quase ter morrido num incêndio, Dali se mudou para sua cidade natal onde morreu por problemas cardiorrespiratórios.
A persistência da memória – 1931
O sono – 1937
Fonte: https://seuhistory.com/biografias/salvador-dali
https://www.todamateria.com.br/salvador-dali/