
Há um ano a cultura brasileira, e em especial a TV, perdia um de seus maiores ícones: Fernando Faro. Idealizador de tantos programas especiais e inovadores, Faro deixou uma lacuna difícil de ser preenchida. Foram décadas à frente de projetos que divulgavam e promoviam a inclusão de novos talentos da nossa música.
O sergipano “baixinho” que conquistava a todos com sua simpatia e talento e que tinha uma grande paixão pela música, criou programas que se eternizaram por suas características únicas e muito à frente de seu tempo. Dois dos mais representativos foram “Divino Maravilhoso” que era apresentado por Gilberto Gil e Caetano Veloso e que foi o único programa produzido sobre a Tropicália e o consagrado Ensaio que foi apresentado em três época distintas e em canais diferentes, mas que ficou mais tempo no ar pela TV Cultura e esteve no ar até pouco tempo depois do falecimento de Faro.
A direção de shows antológicos também foi responsabilidade do “Baixo” entre eles o inesquecível “Trem Azul” de Elis Regina. Projetos no exterior, como o “Kalunga” também tiveram a direção de Faro.
Uma verdadeira enciclopédia da música brasileira, Fernando Faro vai ser sempre lembrado e reverenciado como uma das figuras mais importantes na divulgação e no registro da MPB. Vale lembrar que Filipe Catto, um artista que Faro admirava bastante, participou de duas edições do “Ensaio”, sendo a última quando Faro já estava bem doente o que não o impediu de demonstrar o quanto a arte de Filipe o agradava.