Segundo Chico Buarque, ele foi nosso maestro soberano. Quando se pensa em Tom Jobim, logo o associamos à Bossa Nova. De fato, mesmo que ele não tenha sido seu criador, foi o compositor que mais expressou esse gênero musical brasileiro tão refinado. Tom Jobim era um carioca bem típico. Frequentador das praias de Ipanema e Copacabana e da noite carioca desde jovem, esse estudante de Arquitetura abandonou a faculdade por ter sido seduzido pela música e foi quase um autodidata. Suas melodias eram tão bem construídas que algumas se equiparavam à complexidade da música clássica. Isso tudo era resultado dos artistas que o influenciaram. Ele reverenciava desde Debussy a Cole Porter, de Villa-Lobos a Dorival Caymmi.
Seu primeiro disco saiu em 1954, mas foi a partir de 1958, quando produziu “Chega de Saudade”, de João Gilberto, que a fama chegou. Sua parceria com Vinícius de Moraes, “Garota de Ipanema”, é uma das canções mais conhecidas e gravadas de todos os tempos. Tom viveu por muito tempo nos EUA, mas seu amor pelo Rio de Janeiro era sempre evidenciado em suas canções e nas temporadas que passava por aqui, matando a saudade da praia e dos seus bares e restaurantes preferidos, como o Plataforma que era sua segunda casa. Outra característica marcante sua era o amor à natureza e seu interesse pela ecologia, refletido em tantas canções .
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim era compositor, cantor, pianista, violonista, maestro e arranjador e com certeza um dos nomes mais conhecidos no exterior quando se fala em música brasileira. Ironicamente faleceu no mesmo dia que outro colega tão ligado à paz quanto ele, John Lennon, que também nos deixou em um 8 de dezembro.
Texto de Christina Eloi e Klaudia Alvarez
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