“Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir uns em relação aos outros com espírito de fraternidade”
Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos – Promulgada em 1948 e o documento mais traduzido da História.
E lá se vão quase 60 anos e infelizmente a situação atual ainda é bem diferente do ideal nobre do artigo 1º e básico que deveria nortear qualquer civilização humana. Nem os homens, e muito menos as mulheres, conseguem gozar plenamente de seus direitos de cidadãos. Ao contrário, é triste demais saber que diariamente muitas pessoas são assassinadas em nosso país apenas por serem elas mesmas. A discriminação é uma cruel e triste realidade e ainda precisamos de datas como a de hoje para incentivar a auto estima de pessoas que não deveriam ser vistas como “ diferentes” ou “ minorias” e sim apenas como seres humanos com suas personalidades e características próprias. Apenas pessoas. Cada uma com seu encanto e individualidade.
Em nosso momento atual, não cabem mais as definições e conceitos retrógrados do que é uma “família” . Os direitos individuais tem que ser respeitados e as leis devem acompanhar isso. Ao mesmo tempo o conservadorismo está muito presente e assusta com sua ira e insistência em nos levar de volta à Idade Média com sua lamentável caça às bruxas.
Precisamos, sim, marcar posição e lutar pelo mundo mais justo e igualitário que merecemos. Uma decisão importante como a tomada pelo Governo Americano há dois dias e a data de hoje tem que ser muito comemorada. Enquanto os direitos individuais não forem uma regra geral, respeitada e acatada em todos os lugares, é preciso levantar bandeiras, fazer muito barulho nas redes sociais e acima de tudo conscientizar e mostrar o quanto ainda precisamos avançar para chegar perto do que sempre se soube, mas que infelizmente o pensamento limitado e ignorante dos conservadores insiste em querer abafar.
O dia hoje é de se orgulhar. Se orgulhar de ser uma pessoa única, especial, íntegra. Dona de seu destino e sabendo respeitar o próximo em suas diferenças e particularidades. Dia de se orgulhar de estar aqui e agora, lutando para que um dia possamos desfrutar da sociedade que desejamos. De um país onde acima de tudo prevaleça o respeito. A palavra chave é essa: respeito. Orgulho, sim, mas acima de tudo respeito. Feliz 28 de junho a todos e que o Artigo I saia do papel e seja uma doce e presente realidade no nosso dia a dia.
Autoria: Klaudia Alvarez
